Quinta-feira, 19 de março de 2015 às 12:58
A presidenta Dilma Rousseff
assina, nesta quinta-feira (19), ordem de serviço para construção do
BRT Norte-Sul, em Goiânia (GO). Um dos principais projetos de mobilidade
urbana do País, o corredor exclusivo para ônibus terá 21,8 quilômetros
de extensão e interligará as regiões Sul e Norte da capital goiana. O
BRT (Bus Rapid Transit)
beneficiará cerca de 120 mil usuários por dia.
A capacidade de
transporte em horários de pico será, em média, de 15 mil pessoas. Após o
documento ser assinado, o consórcio responsável tem até 30 dias para
começar a obra e a a previsão para a conclusão é de 20 meses.
O BRT terá 93 ônibus operando em quatro
linhas, circulando na velocidade estimada de 28 km/h, o dobro da
velocidade atual. A frota atenderá 148 bairros da capital e o município
vizinho, Aparecida de Goiânia.
Ao todo, serão 39 plataformas de embarque
e desembarque, além de seis terminais.
Segundo o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, o BRT, haverá uma redução de 40% no tempo de deslocamento feito hoje. “É
uma mudança significativa. Só quem anda de ônibus sabe como isso é
importante. Isso significa sair mais tarde de casa. Voltar mais cedo
para casa. Ter tempo para parar em algum lugar para comprar pão, fazer
compras, ir ao dentista, ao posto de saúde, para o lazer. Dá para a
pessoa fazer muito do que antes ela não tinha oportunidade de ter acesso
por falta de tempo”, enfatizou o prefeito.
O coordenador do BRT Norte-Sul de
Goiânia, Ubirajara Alves Abbud, diz que o objetivo é proporcionar
qualidade, conforto e regularidade do transporte coletivo, atraindo
usuários de automóveis. “Nossa expectativa é que, com as pessoas
voltando para o transporte coletivo, haja também uma redução de veículos
nessas ruas e nesses corredores, o que vai beneficiar não somente o
usuário do ônibus como também a pessoa que depende exclusivamente do
transporte individual”, afirmou.
Ubirajara explica que o trabalho será
feito em vários pontos da cidade, em pequenas extensões para agilizar o
uso do transporte público pela população. “Vamos atacar, por
exemplo, dois quarteirões de cada vez. Assim, podemos terminar e liberar
o espaço para uso público a fim de diminuir ao mínimo os impactos no
trânsito local e no acesso ao comércio e de moradores ao longo do
corredor”.
O coordenador do projeto destaca ainda o
fato de o BRT de Goiânia ser o primeiro corredor no sentido norte-sul
da cidade. Como a maioria dos corredores da capital goiana são no
sentido leste-oeste, o BRT corrigir essa espécie de desequilíbrio no
sistema de transporte.
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