Pelo segundo pronunciamento da presidenta Dilma Roussef feito pela internet neste 1o. de Maio, ela dá um nó político em Eduardo Cunha , no Paulo Skaf da Fiesp e no Aécio, ao falar na terceirização.
Dilma declarou ser a favor da parte da lei que melhora um pouco para os trabalhadores que já são terceirizados, mas declarou ser contra a terceirização da atividade fim, mantendo as regras atuais, de forma a não precarizar o trabalho, nem retirar direitos dos atuais trabalhadores que não são terceirizados.
Ou seja, na Câmara dos Deputados, com apoio de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do PSDB, o Projeto de Lei 4330 passou com a terceirização ilimitada, o que é uma punhalada nas costas dos trabalhadores. Mas para disfarçar um pouco, os deputados colocaram cláusulas que melhoram, ainda que pouco, as condições dos atuais terceirizados, como poder processar a empresa onde ele trabalha de fato como terceirizado caso houver atraso de salários, não recolhimento do FGTS, INSS e caso não cumpra outras obrigações.
Pois bem, pelo andar da carruagem, com o apoio de Dilma, os atuais terceirizados ganharão alguns direitos a mais, e os não terceirizados preservarão seus atuais direitos.
Se os patrões das grandes empresas (terceirização não interessa para pequenas empresas) queriam se dar bem reduzindo direitos, não conseguirão e ainda terão de ter mais responsabilidades e obrigações com os terceirizados.
Senado deve votar contra terceirização da atividade fim
O PL 4330 ainda vai ter de ser votado no Senado, onde os senadores estão mais temerosos de ficar com a pecha de carrasco dos trabalhadores.
Como cada eleitor só vota em um ou dois senadores em cada eleição, cada um deles é bem mais conhecido em seu estado do que dezenas de deputados que o eleitor nem lembra em quem votou. Uma punhalada nas costas dos trabalhadores pode ser o fim das ambições políticas de muitos senadores se reelegerem ou candidatarem-se a governadores, prefeito de capital e outros cargos de maior peso.
O próprio presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), está aproveitando a oportunidade para reabilitar um pouco sua imagem em cima da gulodice patronal de Eduardo Cunha, ficando contra a terceirização da atividade fim, portanto, ao lado dos trabalhadores. Por isso, dificilmente a terceirização ilimitada passará no Senado.
Se a maioria dos senadores decidirem cometer suicído político, Dilma vetará a parte ruim da lei.
via Amigos do Presidente Lula
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