Por Fernando Brito

Recomendo a leitura das duas reportagens da Folha de hoje (aqui e aqui) sobre os jovens universitários de faculdades particulares – e caras – de São Paulo.
Narra que a coisa chega ao ponto de se fazerem “reuniões de pais”, assistir aula com a mamãe e, até, irem juntos a entrevistas de estágio. Até  caso “de mãe reclamar de reprovação em MBA” acontece em uma delas.


Cria-se uma geração de incapazes, supérfluos, paparicados, a pretexto de zelar pela “segurança” e pelo “investimento” que estão fazendo, como se a universidade não tivesse como um de seus principais papéis ser o ambiente múltiplo e biodiverso onde se consumaria a sua transformação em adultos, independentes.

Parece existir uma culpa doentia desta camada social que pretende manter os filhos nesta redoma de classe em que se encapsularam e a se relacionarem com a vida e a sociedade como “consumidores” e não como partícipes da “vasta fauna humana”.

Como desprezam a diversidade, desprezam o que é diferente de si mesmos.
Infantilizando os filhos o que se consegue é torna-los egoístas, covardes, despreparados para um mundo que é cada dia mais feito para a mediocridade.

O contrário de gerações e gerações de jovens rebeldes e contestadores que levaram o mundo à frente, forma-se uma geração que só contesta mesmo a conivência humana e embarca no “sou rico, sou diferenciado, tenho mais direitos que os outros”.

Superproteção, que reparo até em queridos amigos para com seus filhos, não é amor, é prisão.
E gente presa se desacostuma à liberdade, de tal maneira que, mesmo quando solta, ainda carrega as grades em sua mente.

Desculpem o desabafo, mas gosto demais da juventude – e do que ficou dela em mim –  para não escrever sobre isso.

fonte: http://tijolaco.com.br/blog/?p=25774

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  1. Excelente texto,penso o mesmo!
    É uma geração de "Bundas-Mole" que dá nojo!!

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