Comprovação
da conexão entre o processo que apura a "Lista de Furnas", em
tramitação na TRF/RJ, e o inquérito 3530 muda cenário político
No
meio do turbilhão causado pela intenção de Marcos Valério de incluir-se
nos benefícios da “delação premiada”, surge um novo fato que deverá
aquecer ainda mais o clima político no País, pois o processo que
“dormia” há mais de 4 anos na Justiça Federal Carioca deverá, ainda
nesta semana, subir para o STF- Supremo Tribunal Federal, após o
advogado Dino Miraglia do denunciante Nilton Monteiro ter argüido a
conexão entre o inquérito 3530, que apura os crimes praticados por
Eduardo Azeredo, Clesio Andrade e Walfrido dos Mares Guia, e o processo
da “Lista de Furnas”, já que os crimes envolvem as mesmas partes e um
fato é consequência do outro.
O
inquérito 3530 apura incêndio criminoso e oito tentativas de homicídios
contra familiares do denunciante do esquema, Milton Monteiro, que mesmo
sem qualquer julgamento ou condenação permaneceu por meses preso,
através de um esquema montado para desacreditá-lo perante a opinião
pública. Monteiro foi o autor de denúncias envolvendo as principais lideranças do PSDB mineiro e nacional.
Foi
com base nas denúncias e documentos apresentados por Monteiro que se
iniciaram as investigações que culminaram com o processo do “Mensalão
tucano mineiro” e a “Lista de Furnas”. Procedimentos que
deveriam já há muito tempo, segundo juristas, andar juntos, pois ambos
ocorreram em período eleitoral com o pretexto de financiar campanhas
políticas e foram praticadas pelas mesmas pessoas.
Embora
a grande imprensa insista em afirmar que Marcos Valério procurou a PGR
para denunciar apenas o esquema montado pelo PT, sabe-se que o mesmo, na
verdade, pretende evitar o que ocorreu em relação ao processo do
Mensalão do PT, onde se propôs a colaborar somente ao final, embora seu
advogado Marcelo Leonardo insista na tese que seu cliente foi réu
colaborador. Assim como em relação ao Mensalão do PT, Marcos Valério é o pivô do "Mensalão Tucano” e nova condenação seria fatal.A decisão do Ministro Joaquim Barbosa a respeito do pedido de conexão é aguardado para as próximas horas.
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