O Conselho da Universidade Federal de Goiás divulgou uma nota de resposta aos promotores do Ministério Público Federal que mandaram proibir atos políticos dentro do campus e procuraram intimidar as manifestações contra o golpe da comunidade acadêmica.
Com elegância, mas firmeza, mandaram dizer ao doutores da carteirada que, por enquanto, neste país a liberdade é a lei:
O Conselho Universitário (CONSUNI) da
Universidade Federal de Goiás (UFG) reunido na data de 08/04/2016
considera que a dinâmica acadêmica demanda, em suas práticas de ensino,
pesquisa, inovação e extensão, o diálogo aberto com a sociedade em sua
totalidade. Entendemos que o cenário de instabilidade política requer
que a Universidade se antecipe, dialogue, investigue e realize debates
públicos em busca de respostas para os problemas sociais, evitando a
construção de saber enviesado e distante da sociedade.
Assim, o Consuni repudia a
recomendação do MPF/GO de que a Universidade se abstenha de promover ou
participar de atividades cujo tema se relacione ao debate político em
torno do impeachment. Entendemos ainda que tal recomendação fere a
autonomia
e a liberdade para aprender, ensinar,
pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber como bens
necessários para que se desenvolva o conhecimento científico conforme
garante a Constituição Federal, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e o
Estatuto da UFG.
Do mesmo modo repudiaremos sempre qualquer atentado à liberdade de expressão e à autonomia universitária.
Os senhores promotores precisam entender que é preciso que primeiro deem o golpe, rasguem a Constituição que dizem defender para, só depois, serem donos de tudo.
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