Via PCO em 15/12/2015
A esquerda e todas as organizações de luta dos trabalhadores e da juventude podem passar a uma ofensiva contra a direita golpista e sua política de retrocessos

Três dias depois do estupendo fracasso das manifestações da direita pró-imperialista que defende o impeachment e a derrubada do governo eleito da presidente Dilma Roussef, estão convocadas para São Paulo e várias outras capitais do País, atos liderados por organizações nacionais de luta dos explorados como a  CUT (Central Única dos Trabalhadores), o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), a UNE (União Nacional dos Estudantes), a CMP (Central de Movimentos Populares), o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) – entre outras –, por partidos de esquerda como o PT, PCdoB e PCO, por milhares de sindicatos etc.
As manifestações dos “coxinhas”, reuniram segundo as fantasiosas versões da PM golpista, 83 mil pessoas em todo o País. Na maior de todas as manifestações, em São Paulo, mesmo com o apoio do governo do Estado mais rico do País e da poderosa FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, a manifestação não reuniu nem mesmo 5 mil pessoas (a PM contabilizou 30 mil, incluindo em sua contra os milhares de passantes que transitam todos os domingos pela Avenida Paulista, fechada pela prefeitura para o lazer).

Caiu a máscara

O resultado pífio dos direitistas evidenciam que, na medida em que a esquerda e o movimento de luta contra o golpe intensificou sua atividade e que a direita – sob o comando de Cunha, Temer, Bolsonarro, Aécio, Caiado etc. – intensificaram sua atividade golpista, ficou calro para uma ampla parcela da população o caráter golpista e reacionário da campanha pelo impeachment realizada sob a fachada da luta contra a corrupção.
Depois de tentar disfarçar que o movimento pró-impeachment era comandado por “éticos” e “honestos” políticos da direita com um suposto apoio popular (que nunca existiu), a direita partiu abertamente para uma ofensiva com a operação golpista no Congresso e no governo sob o comando de conhecidos gângsteres da direita, chefes das máfias políticas que comandaram e comandam – há anos – os maiores ataques contra a população trabalhadora no campo e na cidade e que explicitamente querem derrubar o governo atual para impor uma politica  de maiores ataques contra a população explorada (ajustes) e a intensificação dos direitos democráticos da maioria população, como na ditadura militar.

A derrota de Alckmin

A luta contra o golpe foi embalada pela ação consciente dos setores que evoluíram para a compreensão da necessidade de denunciar os golpistas e sair à luta contra o golpe e pela combativa e vitoriosa mobilização de estudantes, professores e do povo trabalhador de São Paulo, contra o governo direita e golpista de Geraldo Alckmin (PSDB), na sua tentativa de fechar escolas, turnos e salas de aulas e demitir milhares de educadores.
Assim como a greves dos professores do primeiro semestre (PR, SP, PA, DF, PE etc.) evidenciaram o caráter reacionário e repressivo da direita e dos seus governos; as centenas de passeatas, atos com dezenas de milhares de pessoas e as ocupações de centenas de escolas, desmascaram ainda mais a política de “ajustes” da direita ( diante da qual o governo do PT capitula no governo federal), ao mesmo tempo que mostraram que esta direita pode ser derrotada por meio da mobilização nas ruas e com os métodos de luta dos explorados (como as ocupações).

A esquerda pode tomar a ofensiva

Os atos que a direita realizou no dia 13/12, “aniversário” da decretação pelo regime militar do AI-5 (Ato Institucional que fechou o congresso e intensificou a cassação dos direitos democráticos da população), deixaram claro que os defensores do golpe, os apoiadores do regime que o imperialismo quer impor ao País (da mesma forma que esta fazendo em toda a América Latina e em várias partes do mundo) para estabelecer seus planos de fome e miséria da maioria da população para “salvar” os grandes monopólios diante do colapso capitalista, não tem o menor apoio da esmagadora maioria do povo brasileiro, principalmente entre os trabalhadores e a juventude.
É hora, portanto, da esquerda, das organizações de luta dos explorados, dos trabalhadores e da juventude ganharem as ruas (que é do povo e não da direita) para  iniciar uma ofensiva que leve à derrota da direita golpista, que barre o impeachment e todas as articulações golpistas no Congresso (Cunha, PSDB e Cia), no reacionário Judiciário (TSE, STF etc.), de dentro do próprio governo (Temmer e Cia.) e de outros setores comandados pela direita, como a imprensa golpista, a Policia Federal etc.
A derrota da operação golpista, além de barrar o retrocesso que essa deseja impor nas condições de vida – já precárias – da maioria da população é a única alternativa real para criar melhores condições para fazer avançar a luta dos explorados diante da crise.
Por isso, neste dia 16, todos às ruas!
Não ao golpe, não ao impechment!
Pela vitória da esquerda, dos trabalhadores e da juventude e das suas organizações de luta, contra a direita golpista e seus planos de retrocesso.
Todos unidos com um só grito:
“Golpistas, fascistas, não passarão! Não vai ter golpe

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