Sem votos, PSDB muda e agora quer recesso
do 247
Assustado com a reação contrária de líderes políticos de várias regiões do País e setores da sociedade civil à ação golpista de Eduardo Cunha (PMDB) contra a presidente Dilma Rousseff, o PSDB mudou sua estratégia e agora defende a permanência do recesso parlamentar; decisão, anunciada pelo líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio, demonstra que o partido não tem os votos necessários para tocar o impeachment; já o líder tucano no Senado, Cássio Cunha Lima, admitiu que o golpismo não tem apoio popular; "O impeachment do Collor nasceu na rua e veio para o Congresso Nacional. Agora o pedido nasce no Congresso e tem que ir para a rua. Só vai ter impeachment se houver rua"
Depois de contabilizar seus votos e verificar que não tem força suficiente para tocar adiante o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o PSDB mudou de opinião e passou a defender que haja recesso parlamentar do final do ano.
Pela manhã, o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio, tinha defendido que o recesso fosse suspenso, para que os trabalhos da comissão especial que vai analisar o processo de impeachment na Câmara pudessem avançar.
A mudança veio depois que o presidente nacional da legenda, senador Aécio Neves (MG) defendeu que o recesso deve acontecer, para que, nesse período, os parlamentares possam sofrer pressão de suas bases eleitorais, para votarem a favor do afastamento de Dilma.
Para o líder do PSDB no Senado, sem recesso, a oposição não conseguirá sua base em prol do impeachment. "Mobilizar a sociedade nessa época do ano será uma tarefa um tanto quanto difícil. Temos Natal, Ano Novo, férias escolares, janeiro já emenda com o Carnaval, é difícil", argumentou.
Cunha Lima admitiu que o processo de impeachment não tem apelo popular. "O impeachment do Collor nasceu na rua e veio para o Congresso Nacional. Agora o pedido nasce no Congresso e tem que ir para a rua. Só vai ter impeachment se houver rua"
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