Foto: Orlando Brito/ObritoNews/Fato Online
 Coluna do Fato Política Publicado hoje às 08:58 - por Tales Faria/Fato online

A guerra agora não é mais entre o governo e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Depois da carta do vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, reclamando do tratamento que tem recebido da presidente Dilma Rousseff, a disputa se alastrou para todo o PMDB.

Primeiro, com Temer e Cunha se aliando para derrubar Leonardo Picciani (RJ) da liderança do partido na Câmara e empossar o novo líder, Leonardo Quintão (MG). Agora com a entrada do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na confusão. Renan recebeu a visita de Picciani, na quarta-feira em seu gabinete.

O líder afastado foi pedir apoio para retomar a liderança. O presidente do Senado não só se comprometeu a entrar na disputa como passou a telefonar para vários deputados pedindo que retirassem assinaturas do documento que elegeu Quintão. O presidente do Senado contou a senadores que, para aliciar votos contra Picciani, Temer estaria dizendo aos deputados que irá assumir a Presidência da República.

Na ajuda a Picciani, Renan Calheiros fez o Senado aprovar a toque de caixa, na própria quarta-feira, uma janela de 30 dias para que deputados possam trocar de partido sem perder o mandato por infidelidade. A mudança veio a pedido do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que pretende promover a filiação ao PMDB de deputados de outros partidos mas sob sua área de influência.

O próprio Renan estuda fazer isso em Alagoas, para reforçar sua participação na Convenção Nacional do partido, marcada para março, quando deve haver o enfrentamento final entre os dois grupos. Com receio de que o governo também ajude Picciani a filiar deputados de outros estados ao PMDB, Temer passou a recomendar aos diretórios estaduais que fiquem de olho e não abonem fichas desse tipo de transferência. Enfim, a guerra está deflagrada.

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