Jornalista e presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Altamiro Borges criticou o grupo que pede o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Para ele, sob a cortina de fumaça da corrupção, a oposição golpista esconde uma disputa pelo poder e de projeto. “Não podemos aceitar que, por trás do invólucro do combate à corrupção, se tente engabelar a sociedade brasileira”, disse.    
 
_____________________________________________________________________________________________________

 

 

Em conversa com o Vermelho um dia após o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acolher o pedido de impeachment, Borges teceu duras críticas ao peemedebista e àqueles que se aliam a ele na investida contra a legalidade.

“Mostra que ele é, como já disseram, um achacador, não é isso? Um cara que estava fazendo chantagem com o pedido de cassação do mandato dele. Mas o mais triste é ver o papel dessa chamada oposição, que se alia a um bandido. Torço para que ele seja preso antes do Natal”, afirmou.

De acordo com o jornalista, a oposição mostra, assim, que não tem compromisso com o Brasil. “Até hoje não engoliu a quarta derrota seguida em processo eleitoral e aposta seja no caos econômico, agindo de forma totalmente irresponsável no Congresso Nacional, seja na desestabilização política”, condenou. Para ele, a postura de Eduardo Cunha “explicita o que é a luta de classes no Brasil”.

Apesar de todo o desgaste que um processo como este pode acarretar, Altamiro Borges avaliou que há um lado positivo nesse desdobramento. “Porque tira da paralisia. Às vezes você fica só naquele ambiente de bastidores palacianos, em Brasília, e a sociedade não percebe o que está rolando. Ao Cunha se sentir pressionado e partir para a vingança, explicita. Quem está pedindo o impeachment de Dilma? Um sujeito que devia estar na cadeia. Quem ele representa? Vários segmentos da sociedade brasileira que falam em corrupção por falso moralismo”, acusou.

De acordo com ele, quem pede o impeachment não está nem um pouco interessado em combater a corrupção, pelo contrário. “Onde já se viu? O cara que está pedindo o impeachment da Dilma é correntista na Suiça, como bem lembrou a Dilma, dizendo: eu não tenho conta na Suíça! Corrupção é a cortina que se usa para enganar os mais ingênuos. Trata-se de um problema de projetos para o Brasil. E agora isso vai ficando explícito, sai da coisa gelatinosa”, defendeu.

Para Borges, a direita tentará conquistar adesão ao golpismo e os movimentos sociais devem estar preparados para enfrentar tal investida. “A direita vai tentar novamente colocar seus fascistinhas mirins na rua. Eles tinham perdido a rua, mostrando inclusive que são provocadores, que andam armados, jogam bombas em marchas de mulheres. Estavam desmoralizados e agora vão se excitar novamente. É bom que o movimento social também se prepare para enfrentar e vá para a rua”, convocou.

Segundo ele, o momento exige união em defesa da democracia. “Não falo para ir à rua na defesa do governo Dilma, mas da democracia, da legalidade, das instituições democráticas. O golpe é contra isso”, encerrou.

Do Portal Vermelho

Postar um comentário

Compartilhe

 
Top