Se os meus queridos leitores desconheciam os motivos pelos quais   Eduardo Cunha anunciou que não vota proposta do Senado para repatriar dinheiro ilegal enviado para o exterior, aqui estão os possíveis motivos.

Para quem não leu,   Eduardo Cunha (PMDB-RJ), criticou as negociações do governo federal com senadores da base aliada para aprovar um projeto de lei que permitirá que o país repatrie dinheiro depositado por brasileiros no exterior que não foi declarado à Receita Federal. Cunha. afirmou  não concordar com a votação de um projeto

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e senadores da base aliada acertaram a criação de uma série de mudanças na lei que vão permitir que dinheiro de brasileiros no exterior não declarado à Receita Federal possa entrar no país legalmente.A ideia é que a legalização do dinheiro pague 17,5% de Imposto de Renda e igual percentual de multa, totalizando 35% do total.

Os recursos poderão continuar no exterior, se o contribuinte desejar, mas eles terão que ser informados à Receita Federal. Haverá um prazo de 180 dias para fazer a regulamentação.Segundo os senadores, a Fazenda estima que possa haver US$ 200 bilhões de dinheiro não declarado fora do país.
Eduardo Cunha não quer votar por que...Podem encontrar os dólares dele no exterior? Veja o que diz o  jornal O Estado de S. Paulo.

Investigadores da Polícia Federal têm como um dos pontos de partida para tentar comprovar o recebimento de US$ 5 milhões em propina pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um total de 35 operações financeiras feitas pelo lobista Julio Camargo, delator da Operação Lava Jato, com o operador do PMDB Fernando Antonio Falcão Soares, o Fernando Baiano, entre 2006 e 2007. As movimentações somam US$ 14 milhões.

Os investigadores montaram uma tabela com base em informações e documentos fornecidos desde o ano passado por Camargo. Ela mostra as contas de 16 empresas offshores que eram indicadas por Baiano para receber sua parte da propina dos US$ 40 milhões por dois contratos da Petrobras para fornecimento de navios-sonda para exploração de petróleo, assinados na gestão do ex-diretor de Internacional Nestor Cerveró. Como o Estado mostrou ontem, o rastreamento de contas secretas dos dois investigados é fundamental para a comprovação da delação de Camargo.

"Por volta de julho de 2006 os denunciados Fernando Soares (Fernando Baiano) e Nestor Cerveró, este diretor da área Internacional da Petrobras na época, em conluio e com unidade de desígnios, cientes da ilicitude de suas condutas, em razão da função exercida por este último, solicitaram, aceitaram promessa e receberam, para si e para outrem, direta e indiretamente, vantagem indevida", registra a denúncia da força-tarefa da Lava Jato que embasou a abertura da ação penal contra Camargo, Cerveró e Baiano, entre outros, por corrupção e lavagem de dinheiro.

A propina viria de dois contratos: a construção do navio-sonda Petrobras 10000, para perfuração de águas profundas na África, e outro do projeto do navio-sonda Vitória 1000, para exploração de petróleo no Golfo do México.

Os dois contratos foram assinados com o estaleiro coreano Samsung Heavy Industries por US$ 586 milhões e US$ 616 milhões, respectivamente. As propinas correspondentes seriam de US$ 15 milhões e US$ 25 milhões, pela ordem. Camargo confessou ter pago a propina de US$ 40 milhões, via contas secretas de Baiano no exterior e também por meio do doleiro Alberto Youssef.

A Lava Jato diz que os pagamentos do estaleiro deveriam ser feitos para a offshore Piemonte Investment Corp. em uma conta no Uruguai. Dois depósitos nesse sentido foram detectados: US$ 6,2 milhões e US$ 7,5 milhões, efetuados em 8 de setembro de 2006 e 31 de março de 2007. "Exatamente nas datas previstas no contrato de intermediação entre as empresas Samsung e Piemonte", afirma a força-tarefa.
Cobrança

Na quinta-feira, 16, Camargo revelou pela primeira vez nos autos da Lava Jato que, em 2011, uma parcela final de US$ 10 milhões deixou de ser paga pela Samsung, gerando uma cobrança inicialmente feita por Baiano, em nome de Cunha, e depois pelo próprio deputado, em encontro que teria ocorrido em um prédio comercial do Rio. Para a Lava Jato, a cobrança feita em 2011 indica que, desde o início do esquema fechado por Cerveró e Baiano com o estaleiro, Cunha tinha valores a receber do esquema.

Cerveró e Baiano estão presos desde o início do ano, em Curitiba, sede das investigações da Lava Jato que não envolvem políticos com foro privilegiado. Cunha é investigado em inquérito no Supremo Tribunal Federal por envolvimento no esquema da Petrobras.

Fonte: Amigos do Presidente Lula

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